Não lembro em
que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós
mesmos para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que
ainda estamos vivos. Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim.
Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada.
Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole.
Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole.
Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo. Parar pra
pensar, nem pensar!
Cada porta, uma
escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para algum absurdo. Outras, para
um jardim de promessas. Alguma, para a noite além da cerca. Hora de tirar os
disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar: reavaliar-se.
Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos
pressiona tanto. (Lya Luft)
Definitivo,
como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas
e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e
passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as
cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não
conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido juntos e não
tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter
compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por
todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para
conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos
os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais
profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está
sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos
aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a
experimentar.
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido
uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos
fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como
um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no
amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que
nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a
felicidade.
A dor é inevitável.
(Carlos Drumond
de Andrade)
A maioria pensa
com a sensibilidade, eu sinto com o pensamento. Para o homem vulgar, sentir é
viver e pensar é saber viver. Para mim, pensar é viver e sentir não é mais que
o alimento de pensar.
(Fernando
Pessoa)
O amor é um
modo de viver e de sentir. É um ponto de vista um pouco mais elevado, um pouco
mais largo; nele descobrimos o infinito e horizontes sem limites. (Gustave
Flaubert)
Não duvide do
valor da vida, da paz, do amor, do prazer de viver, enfim, de tudo que faz a
vida florescer. Mas duvide de tudo que a compromete. Duvide do controle que a
miséria, ansiedade, egoísmo, intolerância e irritabilidade exercem sobre você.
Use a dúvida como ferramenta para fazer uma higiene no delicado palco da sua
mente com o mesmo empenho com que você faz higiene bucal.
(Augusto Cury)
Abraços e muita
paz!!!
Portas abertas para a vida feliz
Reviewed by Luís Eduardo Pirollo
on
dezembro 14, 2012
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