Podemos dizer que o pânico é uma fábrica de sofrimentos
aterrorizantes causados pelo medo excessivo e a ansiedade antecipada. O pânico
é um sentimento de amedrontamento, desespero, fobia, horror, medo, pavor,
causados por motivos inexplicáveis e infundados.
O ataque do pânico pode acontecer em qualquer lugar, sem motivo
aparente, inclusive enquanto a pessoa estiver dormindo, fazendo com que acorde
muito assustada. Em muitos casos a pessoa passa a temer o lugar onde teve a
primeira crise, evita sair de casa ou ir a lugares de onde não possa conseguir
ajuda rapidamente: Isto se chama agorafobia.
O sintoma da síndrome do pânico é um medo excessivo sem
explicação, um medo indefinido, um medo infundado que não se consegue
controlar. São crises súbitas, repentinas, espontâneas, com forte sensação de
medo, de perigo, de desmaio, de derrame cerebral, loucura ou morte iminente, o
que nunca ocorre; sensação de alerta ou de fuga, necessidade de socorro
imediato ou até de se encolher num canto, agitação e múltiplos sintomas indefiníveis.
Enfim, um terrível mal estar. Você se sente totalmente inseguro e perdido.
Pânico é sentimento de medo sem o perigo
Pânico é um sentimento acachapante de medo e ansiedade. É um
medo repentino e uma ansiedade sobre eventos antecipados. Na natureza, o
"estado de pânico" é um sistema de defesa normal e útil que ativa
todas as regiões do cérebro que estão relacionadas à atenção. Para o ser humano,
o pânico em situações que não expressam real perigo, pode ser uma doença que
atrapalha o convívio social, chamada de síndrome do pânico. O "medo do
pânico" pode se tornar o transtorno do pânico relacionadas a outros tipos
de patologia psiquiátrica como crise de ansiedade, depressão, estresse e
outros.
O sistema de "alerta" normal do organismo, o conjunto
de mecanismos físicos e mentais que permite que uma pessoa reaja a uma ameaça,
tende a ser desencadeado desnecessariamente na crise de pânico, sem haver
perigo iminente real. Pessoas ansiosas são mais suscetíveis ao problema do que as
outras, o que envolve tanto fatores genéticos quanto aprendidos na convivência
familiar, escolar e social. Entretanto, muitas pessoas desenvolvem este
transtorno mesmo sem ter nenhum antecedente familiar. (Wikipédia)
A fábrica do medo excessivo.
A síndrome ou transtorno do pânico (ansiedade paroxística
episódica) é uma doença que se caracteriza pela ocorrência repentina,
inesperada e de certa forma inexplicável de crises de ansiedade aguda marcadas
por muito medo e desespero, associadas a sintomas físicos e emocionais
aterrorizantes, que atingem sua intensidade máxima em até dez minutos. Durante
o ataque de pânico, em geral de curta duração, a pessoa experimenta a nítida
sensação de que vai morrer, ou de que perdeu o controle sobre si mesma e vai
enlouquecer.
A primeira crise pode ocorrer em qualquer idade, mas costuma
manifestar-se na adolescência ou no início da idade adulta, sem motivo
aparente. O episódio pode repetir-se, de forma aleatória, várias vezes no mesmo
dia ou demorar semanas, meses ou até anos para surgir novamente. Pode também
ocorrer durante o sono.
Não fazer a menor ideia de quando, ou se, a crise vai acontecer,
gera um estado de tensão e ansiedade antecipatórias propício ao desenvolvimento
de outras fobias. A mais comum é a agorafobia, distúrbio da ansiedade marcado
pelo temor de encontrar-se em espaços abertos com muita gente ou em lugares
fechados, dos quais o portador da síndrome não possa sair se tiver um ataque de
pânico.
O transtorno do pânico atinge mais as mulheres do que os homens.
Atribui-se essa frequência maior no sexo feminino à sensibilização das
estruturas cerebrais pela flutuação hormonal, visto que a incidência de pânico
aumenta no período fértil da vida.
Sintomas de ataque do pânico
O ataque de pânico começa de repente e apresenta pelo menos
quatro dos seguintes sintomas:
1- Medo de morrer;
2- Medo de perder o controle e enlouquecer;
3- Despersonalização (impressão de desligamento do mundo
exterior, como se a pessoa estivesse vivendo um sonho) e desrealização
(distorção na visão de mundo e de si mesmo que impede diferenciar a realidade
da fantasia);
4- Dor e/ou desconforto no peito que podem ser confundidos com
os sinais do infarto;
5- Palpitações e taquicardia;
6- Sensação de falta de ar e de sufocamento;
7- Asfixia;
8- Sudorese;
9- Náusea ou desconforto abdominal;
10- Tontura ou vertigem;
11- Ondas de calor e calafrios;
12- Adormecimento e formigamentos;
13- Tremores, abalos e estremecimentos.
Com frequência, portadores da síndrome do pânico apresentam
quadros de depressão. Em alguns casos, alguns buscam no alcoolismo uma saída
para aliviar as crises de ansiedade.
Causas do transtorno do pânico
Ainda não foram perfeitamente esclarecidas as causas do
transtorno do pânico, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais,
estresse acentuado, uso abusivo de certos medicamentos (as anfetaminas, por
exemplo), drogas e álcool, possam estar envolvidos.
Diagnóstico do transtorno do pânico
O diagnóstico do transtorno do pânico obedece a critérios
definidos no DSM IV, o Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações
Mentais. Uma crise isolada ou uma reação de medo intenso diante de ameaças
reais não constituem eventos suficientes para o diagnóstico da doença. As
crises precisam ser recorrentes e provocar modificações no comportamento que
interferem negativamente no estilo de vida dos pacientes.
É muito importante estabelecer o diagnóstico diferencial com
outras doenças que apresentam sintomas semelhantes, tais como os ataques
cardíacos, o hipertireoidismo, a hipoglicemia e a epilepsia, por exemplo, para
orientar corretamente o tratamento.
Tratamento do transtorno do pânico
O tratamento do transtorno do pânico inclui a prescrição de
medicamentos antidepressivos (tricíclicos ou de nova geração), e psicoterapia,
especialmente a psicoterapia cognitivo-comportamental, que defende a exposição
a situações que provocam pânico, de forma sistemática, gradual e progressiva,
até que ocorra a dessensibilização diante do agente agressor.
Geralmente, a medicação precisa ser mantida por períodos mais
longos e descontinuada progressivamente por causa do risco de recaídas.
Recomendações para o diagnóstico do pânico:
Saiba que o diagnóstico do transtorno do pânico pode ser
retardado, porque alguns dos sintomas físicos da doença podem ser confundidos
com os sinais característicos do infarto;
Procure distinguir a ansiedade normal do transtorno de
ansiedade. A primeira é essencial para enfrentar os perigos reais que põem a
sobrevivência em risco. Vencido o desafio, o sentimento é de alívio. Já a
ansiedade patológica, uma reação desproporcional ao estímulo que a desencadeia,
causa sofrimento, altera o comportamento e compromete o desempenho até mesmo
das atividades rotineiras das pessoas;
Pratique exercícios físicos. Eles provocam algumas sensações
semelhantes às da síndrome do pânico – taquicardia, sudorese – num contexto
agradável, que ajuda a identificá-las melhor;
Não se automedique nem recorra ao consumo do álcool ou de outras
drogas para aliviar os sintomas do pânico. Agindo assim, em vez de resolver um
problema, você estará criando outros;
Procure assistência médica. O transtorno do pânico é uma doença
como tantas outras. Quanto antes for diagnosticada, melhor será a resposta ao
tratamento. (Fonte: Dr. Drauzio Varella)
O que há de característico no terror pânico é que ele não está
claramente consciente dos seus motivos; mais os pressupõe do que os conhece e,
se necessário, fornece o próprio temor como motivo do temor. (Schopenhauer)
Além do tratamento, o portador de síndrome do pânico, precisa de
muito amor, carinho, muita compreensão, apoio moral e espiritual dos que o
cercam.
Abraços e muita paz!
Fábrica de sofrimentos aterrorizantes
Reviewed by Luís Eduardo Pirollo
on
fevereiro 12, 2015
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