Vida regida por instintos e impulsos

Vida e a sorte ou o acaso
Muitas vezes é difícil enfrentar a realidade, principalmente se a vida for regida unicamente por instintos e impulsos, pela sorte ou acaso, eles fazem parte da vida, mas devem ser controlados, policiados e trabalhados.

O ser humano tem a tendência pela facilidade, muitos acham que a vida é amparada apenas pela sorte ou acaso.

Com esta facilidade de vida e vantagens de confiar na sorte ou no acaso, o ser humano deixa de construir a sua vida e o seu futuro com base na sua imaginação criadora, com amparo em sua inteligência e no esforço de seu trabalho.

Nesta vida é impossível enfrentar a realidade o tempo todo sem nenhum mecanismo de fuga. Privamo-nos para mantermos a nossa integridade, poupamos a nossa saúde, a nossa capacidade de gozar a vida, as nossas emoções, guardamo-nos para alguma coisa sem sequer sabermos o que essa coisa é.

E este hábito de reprimirmos constantemente as nossas pulsões naturais é que faz de nós seres tão refinados.

Vida e renúncia dos instintos
Somos muito mais do que máquinas e animais irracionais...
A moral consiste em fazer prevalecer os instintos simpáticos sobre os impulsos egoístas.
(Auguste Comte)

Vida e a renúncia progressiva dos instintos
A renúncia progressiva dos instintos parece ser um dos fundamentos do desenvolvimento da civilização humana. A maldade é a vingança do homem contra a sociedade pelas restrições que ela impõe. É o resultado do conflito entre nossos instintos e nossa cultura.

A inteligência é o único meio que possuímos para dominar os nossos instintos.  Não somos apenas o que pensamos ser. Somos mais: somos também o que lembramos e aquilo de que nos esquecemos; somos as palavras que trocamos, os enganos que cometemos, os impulsos a que cedemos 'sem querer'.

Não posso imaginar que uma vida sem trabalho seja capaz de trazer qualquer espécie de conforto. A imaginação criadora e o trabalho para mim andam de mãos dadas; não retiro prazer de nenhuma outra coisa.

Esta seria uma receita para a felicidade, se não fosse a ideia terrível de que a produtividade da gente depende inteiramente de nosso modo de sentir.

Que há de ser da gente, quando os pensamentos cessarem de aparecer e as palavras adequadas não se apresentarem? Não se pode deixar de tremer diante de tal possibilidade.

É por isso que, embora submetendo-me ao destino como um homem honesto, não deixo de fazer secretamente a minha oração: acima de tudo, que não surja nenhuma doença ou qualquer miséria física que me paralise as faculdades da criação. Como dizia o rei Macabeth: "Morreremos com as armaduras nos ombros".

Um dia, quando olhares para trás, verás que os dias mais belos foram aqueles em que lutaste.

Existem infinitamente mais homens que aceitam a civilização como hipócritas do que homens verdadeiramente e realmente civilizados, e é lícito até perguntarmo-nos se um certo grau de hipocrisia não será necessário à manutenção e à conservação da civilização, dado o reduzido número de homens nos quais a tendência para a vida civilizada se tornou uma propriedade orgânica.

O homem enérgico e que é bem sucedido é o que consegue transformar em realidades as fantasias do desejo. (Sigmund Freud)

A vida espiritual dos homens, os seus impulsos profundos, o seu estímulo à ação são as coisas mais difíceis de prever, mas é justamente delas que depende a morte ou a salvação da humanidade.
(Andrei Sakharov)

Abraços e muita paz!

Vida regida por instintos e impulsos Vida regida por instintos e impulsos Reviewed by Luís Eduardo Pirollo on março 10, 2016 Rating: 5
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