Vida e os conflitos da arte de conviver

A vida e a convivência humana
A vida é repleta de conflitos, principalmente os relacionados com a arte de conviver. Para uma boa convivência humana é preciso aprender a fazer uso de relações cordiais com as demais pessoas, é preciso agir com certa elegância de comportamento.

É justamente esta cordialidade e elegância no trato que vai nos ajudar muito na arte de conviver com os demais.

Como relata sabiamente o grande poeta Mário Quintana: a arte de viver é simplesmente a arte de conviver... Simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!

Conviver com as pessoas é muito complicado, é preciso ser hábil na arte do relacionamento, tentar entender as diferenças e administrar os conflitos. Cada um pode viver como quiser, mas não podemos esquecer que temos que conviver todos os dias com as pessoas que nos cercam.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.

Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes. Não é a altura, nem o peso, nem os músculos, que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho. (Martha Medeiros)

Vida e a elegância de comportamento

A elegância de comportamento
        
Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.

É uma elegância desobrigada. É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.

É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. É possível detectá-la em pessoas pontuais.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.

Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.

Sobrenome, joias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto. Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.

Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que com amigo não tem que ter estas frescuras.

Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la.
Educação enferruja por falta de uso. E, detalhe: não é frescura. (Henri de Toulouse-Lautrec)

Viver é muito perigoso... Porque aprender a viver é que é o viver mesmo... Travessia perigosa, mas é a da vida. Sertão que se alteia e abaixa... O mais difícil não é um ser bom e proceder honesto, dificultoso mesmo, é um saber definido o que quer, e ter o poder de ir até o rabo da palavra. (Guimarães Rosa)

A elegância de comportamento

Abraços e muita paz!

Vida e os conflitos da arte de conviver Vida e os conflitos da arte de conviver Reviewed by Luís Eduardo Pirollo on outubro 04, 2015 Rating: 5
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