Show da vida e o monstro da indiferença

Monstro da indiferença
Precisamos ver as coisas com olhos atentos e limpos, livres do monstro da indiferença, só assim vamos conseguir enxergar com clareza o espetáculo do mundo e o show da vida. Os hábitos diários escurecem e sujam os nossos olhos, enxergamos apenas o que nos convém, e é por ai que se instalam os monstros da indiferença, da arrogância e do egoísmo.
Sábio não é aquele que enxerga o óbvio, como disse o filósofo: É quem percebe a incerteza perdida nos consensos. A indiferença, a arrogância, o egoísmo e a falta de sensibilidade cega o ser humano, mantém os seus olhos fechados, passa a enxergar apenas o que lhe convém, perde o melhor do espetáculo do mundo e da vida. 

O mundo é o que você enxerga dele.

O mundo é o que você enxerga, mas principalmente o que você quer enxergar e o que você quer fazer dele... (Augusto Branco)
A mente intuitiva é um presente sagrado e a mente racional é um fiel servente. Temos criado uma sociedade que rende honras ao servente e esqueceu-se do presente.  Quem não possui o dom de maravilhar-se nem de se entusiasmar, melhor seria estar morto, porque seus olhos estão fechados. A alegria de ver e entender é o mais perfeito dom natural. (Albert Einstein) 

Vista cansada e o show da vida.

Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.
Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. É que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não-vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.
Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.
Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.
Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença. (Otto Lara Resende) 

A percepção do desconhecido.

Não devemos enxergar apenas com os olhos da face, que só captam a luz exterior, as ondas eletromagnéticas. Precisamos também enxergar com os olhos do coração que captam os pensamentos e as emoções das pessoas. (Augusto Cury)
Para ter olhos bonitos, procure ver o melhor dos outros, para ter lábios bonitos, fale somente palavras agradáveis, e para ter boa postura, caminhe com a certeza de que você nunca está sozinho. (Sam Levenson)
Sábio é aquele que no silêncio observa as coisas e as pessoas, procurando enxergar aquilo que não se explicitou em palavras, ele percebe a essência da pessoa, não olhou com os olhos físicos, mas buscou com os olhos do coração.
A percepção do desconhecido é a mais fascinante das experiências. O homem que não tem os olhos abertos para o misterioso passará pela vida sem ver nada. (Albert Einstein)

Enxergar com o coração

Abraços e muita paz!

Show da vida e o monstro da indiferença Show da vida e o monstro da indiferença Reviewed by Luís Eduardo Pirollo on agosto 03, 2014 Rating: 5
2 comentários:
  1. Eloiza Martins De Oliveira Miranda · Quem mais comentou · Faculdade "Auxilium" de Filosofia, Ciências e Letras de Lins
    O Evangelho nos ensina que: " Se teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá LUZ"...Vamos procurar praticar sempre o Bem, pois,"Bondade é sinônimo de Luz em teus olhos, em teu corpo, em todo o teu ser."..Irmâo José. Que sua Vida seja repleta de tudo que te faça Bem e Feliz!!

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    1. Boa noite, minha querida amiga Eloiza!!!
      Sim, minha querida amiga, devemos sempre olhar com bons olhos e com bondade, só assim vamos nos livrar dos monstros da indiferença, da arrogância e do egoísmo, são eles que impedem que nossa luz brilhe.
      Obrigado, minha querida amiga, fico muito feliz com sua presença, com seu comentário, com seu apoio e carinho de sempre, valeu!!!
      Tenha um maravilhoso e abençoado início de semana!!!
      Abraços com carinho e muita paz!!!

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