Paz

Na aplicação de qualquer receita destinada à composição da felicidade, não se esqueças do aviso de que a felicidade nasce de ti mesmo.
Não aguardes do mundo a segurança que tão somente poderá ser construída por ti mesmo, dentro de ti.
Nunca menospreze o trabalho que a vida te confiou.
A tarefa que desempenhas hoje é a base de seu apoio futuro.
Aceita-te como és e com aquilo de que disponhas para realizar o melhor que possas.
Observa sempre que não existe criatura alguma destituída de valor e da qual não venhas a necessitar algum dia.
Quanto possível, conserva a luz da virtude que te norteia a elevação, mas não permitas que a tua virtude viva sem escadas para descer ao encontro daqueles que se debatem sob a ventania da adversidade a te pedirem socorro e compreensão.
Se fiel ao campo da verdade que abraças, sem desconsiderar a parte da verdade em que os outros se encontram.
Usa a paciência nas pequenas dificuldades para que não te falte serenidade nas grandes crises que todos somos levados a facear nas trilhas do tempo.
Não te apegues aos anseios da juventude, nem te acomodes com o cansaço de muitos que ainda não aprenderam a viver com a criatividade da madureza.
Recorda que até hoje ninguém descobriu o ponto de interação onde termina a fadiga e começa a ociosidade.
Em qualquer tempo exercita a fortaleza espiritual para que as tuas energias não se dissolvam, de inesperado, quando as calamidades da experiência humana se façam inevitáveis.
Resigna-te a transitar no mundo, entre os que se te revelem na condição de opositores naturais aos teus pontos de vista, mas não formes inimigos nem cultives ressentimentos. Não abuses e nem brinques com os sentimentos alheios.
Guarda a tua paz, ainda mesmo nas grandes lutas. Não creias em pessimismo e derrota, solidão e abandono, porque se amas conforme determinam as Leis do Universo, descobrirás a beleza e a alegria em qualquer circunstância e em qualquer parte da Terra.
E jamais desesperes, porquanto sejas quem sejas e estejas onde estiveres, ninguém te pode furtar o privilégio da imortalidade e nem te arredar do Esquema de Deus.
Emmanuel; Francisco Cândido Xavier

Paz Paz Reviewed by Luís Eduardo Pirollo on junho 08, 2010 Rating: 5
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